sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Voz Anjo Meu


Voz Anjo “Meu” 

Creio em vôos, semeados…
No alcance deste grito
Que se guarda
Neste querer que me faz flutuar...
*
Na vigi lia dos teus olhos revirando
A lábia que aquece os sentidos...
Na calmaria que me aguarda
Em seu abraço
*
Creio nestas nuances, ao vento
Que há de alcançar a tua alma
E retornar com um largo sorriso
Nele seguir leve, sem retorno
A terra do sem fim
*
Creio que eu possa neste infinito
Saber de este ser encoberto
De um céu disperso...

*Vera Lúcia Bezerra Freitas
Poesia publicada na coletânea do Guará
*Imagem 2ª Coletânea. 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Á JÚPITER VENUS


A poetisa enreda em seu sólo
Saltando por entre os planetas
Em suas mãos o coração
O teu desejo como a vida por um fio...

Fragmentos deveras
Dançam a sua canção favorita

Em seu seio o derbaque de
Um poema incansável
Umedece as pontas dos teus dedos
Sugerem coisas inacabadas no palco!

Ela descortina os teus olhos no cenário de Júpiter!
Permitindo ao seu ser se manifestar
Em apenas uma partícula de tempo
Todo o bem e mais o querer á devora
Como se a poeta fosse apenas uma mortal...

O ar da vida
Adentra como essência em tuas narinas
Remete ao pulmão deste DEUS SOL
Que em chamas a chama e ...
Um abraço de Venus salva as Deusas e Mortais
De agora, por hora...

Imagem Vera Lúcia Bezerra
Poesia Vera Lúcia Bezerra


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

As águas vão e voltam... http://youtu.be/bHMJalx6WCU

As águas vão e voltam...
Tem vez que a turbulencia nos leva profundo
É gélido não saber navegar
Ou só, afogar sem sentir o inchaço dos pulmões
Sem o ar dos lábios que o faça retornar ao depois
EU sempre pedi ao mar enormes ondas...
Sem pesar o meu corpo
Sem medir a embarcação
Pedi o céu e as constelações...
Eu lancei culpa aos dias de chuvas
E sobre o chicote das inconstâncias...
Pedi ao poema uma taça suada das mãos de um Anjo
Implorei a marca de sua boca em flamas...
Pra Deus, eu roguei outra alma...
Soubesses entre Ele e eu as falas...
Soubesses...
Foi um infinito que parecia ainda mais distante!
Então;  tornei-me poeta
Por hora, apenas papel e tinta
E este poema navega voltando...
Chuva é barulho de fartura no campo
Neste Rio, peixe é o milagre da vida
Todo Janeiro é bom!
*
Imagem Google
Vera Lúcia Bezerra Freitas

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O PASTOR AMOROSO


Quando eu não te tinha
Amava a Natureza como um monge calmo a Cristo...
Agora amo a Natureza
Como um monge calmo à Virgem Maria,
Religiosamente, a meu modo, como dantes,
Mas de outra maneira mais comovida e próxima.
Vejo melhor os rios quando vou contigo
Pelos campos até à beira dos rios;
Sentado a teu lado reparando nas nuvens
Reparo nelas melhor...
Tu não me tiraste a Natureza...
Tu não me mudaste a Natureza...
Trouxeste-me a Natureza para ao pé de mim.
Por tu existires vejo-a melhor, mas a mesma,
Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais,
Por tu me escolheres para te ter e te amar,
Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente
Sobre todas as cousas.
Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.
Só me arrependo de outrora te não ter amado.
(FERNANDO PESSOA)
Imagem colhida no Google

domingo, 18 de setembro de 2011

O Anjo e o Pecado da Flor

... Rios e Mares nunca dantes navegadossss...
*
A alma que navega na brisa do vento
Flerta com os desejos dispersos na noite...  (w).
Chegam á ti Caudalosos aromas, gotejando eter, saliva poética
E, se o possuir como á mim
Como sendo vital, fatal!
Sabes o discurso atemporal, percuso em noites, em dias... 
Me tomas toda, o bem, o mal, abissal
Sufoca como gaiola aos loucos 
Aprisiona correntes de fogo!
E o ente, quem sabe configure fugas, escape de si...
Quem sabe?
Quem o viu doente de tanto amor?...
No seio há quem o guarde cadente, ainda latente 
Também assim, o ventre
Enche de o costumeiro desejo repente
Sendo este crônico seu amor
Fertilizou!
Lua Cheia de si, restou...
*
**Vera Lúcia Bezerra Freitas & Walderlei Sant'anna
imagem Google  (obrigada)

domingo, 14 de agosto de 2011

O SEU OLHAR

Amado Meu,
Dai-me os cânticos do teu céu pra eu adorar-te
O seu olhar elevando as minhas asas, e assim sendo
Meu pouso é silencioso aos teus pés...
E, então não digas que não sabes dos vôos!
Sabes tão certo que me sente bem ai
Nas entranhas do teu ser
Onde os seus suspiros são os meus ressonares
O seu hálito possui os sabores de sonhos DeVeras...
Dai-me a tua garganta mesmo que escorregadia
Mesmo que nada para o meu sustento, para me agarrar...
Onde mais haverei de me juntar?
Onde mais haverei de escoar?
AMAR-TE!
*Vera lúcia Bezerra Freitas
Imagem do GOOgle

domingo, 7 de agosto de 2011

POR AMOR





POR AMOR
Há um solo saltando dos meus pés...
Há um sopro quente e úmido pedindo passagem
Na garganta de um "*semideus"
Há uma prece engolindo os joelhos
E levando o altar da poesia...
-Dê-me o fôlego no corpo da pauta,
voz ma estria...


*Vera Lúcia Bezerra Freitas - Imagem do Google