domingo, 27 de setembro de 2009

Bailarina Dente de Leão


Tombas o teu olhar inocente
Na leveza das saias, se esvaindo ao vento que a sopras
Arrancando não mais que fiapos de palavras.
Ver de!
Verter os desdouros das valas
Que te arranham o delicado caule
Mas EU!
Entre Elas
Eu me resto, como dente de leão...
Sem me grudar ao pólen, voo bailarina saltando
Os temporais extasiados, apostos e sugestivos
Em suas nuances me eclodir...

Sorvo as cercas de ilusões, e ouso me lançar
Na esquina verde, junto á tua janela
Sobre o mato rasteiro do teu quintal
Para me acamar...
Retorcer-me como hedera em teus pilares
E me banhar nos floripodeos, por ja querer ter alma

Ar mem mim ai
Deitas-te lânguida febril
Inflamando ao meu chamado
Que te embebido em ervas e veneno encanto... E

Zapt! Glut, glut... Goles te engolem...
Vem! Te atiras em quedas incrédula, vooasss
“Gaivota as tuas asas sobre o J de k”
E mergulhe nos espelhos destes lagos
Regas os planaltos e planícies em teu pouso!
Que o pulmão da menina do poeta não dorme.
"Ressona breve... Ofegante"...
Ar mem me ai

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

Adornos do Olhar


Ah! Andorinhas - me
Fazes minha as tuas revoadas
Seja eu, o dourado sol de tua alvorada.
Ajeitas-te em meu colo, santuário solo, que floratas-te!
E neste céu límpido, que me candeia a tua imagem
Abres o teu seio, e
Sem mais margens doutos jardins
Posta esta rosa rubra á mim.
“Que já me vejo abrindo a boca, em cio ti rosnando”
Adornas -me de tuas vontades
Com teus olhos jardineiro ou caçador
Defrontas a "tua minha ceia", que é
Posta rosa, tocaia loba em lua cheia...

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Imagem Google

sábado, 26 de setembro de 2009

Vinicius Cassiolato


...O manto da
Razão tenta impiedosamente
Lançar-se sobre mim.
Mas os ventos que trazem a nudez de
Venus,
Exerce maior fascínio.
Que delicioso vento a loucura proporciona.


* Vinicius Cassiolato
Imagem google

Linguagem Intriseca Na Poesia...


Ruma-te ao céu airado astro ao chão
























Que por certo me achas ainda solta, no cerrado do Guará
Mas, “Cá, pra tu”
A estrada parque não tem verde, nem revoadas, é denso asfalto!
Os tais lobos fazem malas! E não há bichos
Nos buracos de tatu.



É Setembro!

A prima vera se insinua na estação sertão!

Chove quente, como sendo o dorso céu da minha boca
Donde poesia fervilha nas vazantes dos poços

Sol e Si
Sussurram o solo que te bolinas
E por se daninha
Toda te inflamas para brotear...
- O acústico rouco acorda o surdo!

É se encantar e se esparramar!
Donde estasss?
*
Vera Lúcia Bezerra Freitas
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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

CÉUS!

























...Infinito deste DEUS.
Sou rosa, mas me lanço
verde jardim!
Nem sei dizer o gosto das águas que convidam
Na bica das grotas
“Firme uma profecia e faz destino"

....Choras a infante

Almeja a fonte sagrada do coreto do poeta...

Quer beber de tua boca...

Unhar a pele
Bordar borboletas nas tuas teias
Polinizar beijinhos, fecundar o jasmim.


Dai-me longas asas também nos pés!

Batidas imortais... Cheias de fé.
Atire o regador á fonte doce...
Orvalhe os meus olhos desse amor
Apresas-te pra que a tempo me beijes
Ou não me resto em flor...

Vera Lúcia Bezerra Freitas
*Poesia editada no livro Coletânea do Guará, pagina 120

terça-feira, 8 de setembro de 2009

PURAVERVAIN

Todas as bocas se calam...
A canção é um sussurro quenteee,
Queimando o meu ventre...
Abre a boca e devora lentamenteee,
Poesia
Puravervain

Vera
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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Dona de Mim

Dona
Senta á beira
dos pensamentos
O seio estremecendo,
o habitante
Devasta no entardecer, e os teus
Agregados em telha
fervilham

Dona dos teus
Domas- a
O rio de ilusão, donde
margeia o
Capim cortante esvaindo -lhe

Dali migram as florinhas

Para que te desfolhe a
Vida solitária, e a quede em
Covas, em uma estação lua nova
seja muda de si

"Dona jardina em nuvens e

São te recolhidos os dias"...

Divagas, e ali mesmo se deita

Sobre o verde das navalhas, tua boca molhada
De quebrante, cabelos ventados de margaridas e
Os olhos sorrindo o sonho que
gaivota o céu de antes!

Dona, por ai
Coração passarinhando, "encarnado flor"
Que te acolhas e a adorne o fruto amor


Dona, vagasss

Louca vida, o coração nas mãos
... Sem Dona de si, ela anoitece os dias


Vera Lúcia Bezerra Freitas
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domingo, 6 de setembro de 2009

A Menina dos olhos do Poeta


Ah!...
Dourados por todos os lados!
Azuis ao alto!
O poeta se completa
Na poesia do planalto... [CRD]

Nos traços de uma meta
Rabiscando a tua menina,
Idealizando assim o sonho

A prenda é um premio
De Oscar, por ser tua a obra
Por ter nesta o nome
Já no antes desta
Onde era vasta planície
O poeta sorveu do vale retilíneo
A inspiração, assim surgiu
O verbo sonhado

Formalizou-se no centro dela
Os decretos povoando a obra
Que por vezes pesam
A narração sobre o nome

Neste céu, que é mar ao chão
E o chão uma fina linha
Onde se equilibram as decisões
Nas repetições de bocas que
Lembra um cenário de rimas!

[ E as rimas voam no cenário
Como notas de ouro nas mãos
De um músico perdulário,
Mas que aqui dentro
No recôndito deste sacrário
Repousam
Como passarinho recém brotado
Dentro do ovo
Esquecido no ninho
E que amanhã cantarão felizes
Acordando a poesia do povo! ]
[CRD]
...
&
Vera Lucia Bezerra Freitas
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√√ A valsa! √√

V iajo nesta melodia...
E terna valsa ao violão
R esquícios de nostalgia
A embalar a solidão!

F loreio a viola imaginaria
L eve tal e qual a canção
O tinido da corda esticada
R epercute em meu coração!

L ongos acordes de guitarra
U ngindo o silencio da noite
C irculam nas madrugadas
I nstigando como um açoite
A alma desencantada!

A alvorada me surpreende
M ais um dia vejo raiar
O sol desponta no horizonte...
R esguardo meus anseios até a noite chegar
E esta valsa será uma lembrança constante!

*
Poesia Ilson Rogério

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*Grata poeta, por tua Oficina Comunitária em Historias Estorias & Versos