A embarcação do poeta diante o Ser TÃO
“Se o agreste regressar vira mar"
Não há de beber até se afogar
Tocar na textura da tua prosa, tamanha viagem!
Tocar na textura da tua prosa, tamanha viagem!
Mas ele, o poeta, não se basta, quer mais do que navegar
Almeja a musa, desfazer as mechas dos teus sonhos
Almeja a musa, desfazer as mechas dos teus sonhos
Sem pesar em teu barco os novos trançados
E lhes dar a vida que sugeres bem
Vou desfolhando as tuas páginas, um olho aqui outro acolá
Vou desfolhando as tuas páginas, um olho aqui outro acolá
Se eu entendesse dos rumos... Mas, imagino que
Aqui são as tuas rotas profuuundas
- Em meu planeta redondo
É denso o bolinar do vento em meus cabelos
É denso o bolinar do vento em meus cabelos
É balançar... Beber do mar e nausear
Quando o ritmo deste se acomodar
O verso de anos se abrirá surgindo o poema
Que vaidosamente se arruma
Se demooora para se aprontar...
O que queres dizer á flor, ou rosa dos ventos
Molhada e em meio aos borrões?
Se não fosse o embaço dos olhos, os papeis desfigurados
"Defina além das ondas Tomé"
Se não fosse o embaço dos olhos, os papeis desfigurados
"Defina além das ondas Tomé"
Alem do bailar na estrutura da nau
Segues com o teu mantra em mãos, como se esse fosse
Um remo para que não te afundes
O repente do terço parece mais curto
- A boca do mar há de acordar para o cheiro
Das manhãs se misturando á maresia
Não há de engolir os náufragos famintos antes de a praia
Porto que se apronta enquanto ainda
Dormem os navegantes em delírios...
Dormem os navegantes em delírios...
Feliz Natal!
Feliz Vida em Poesia!
Vera Lúcia Bezerra Freitas